quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

+Aborto e Dignidade

A pressa é inimiga da perfeição, mas a demora é inimiga da memória! rs Pensando assim, achei melhor escrever logo sobre uma coisa que está me "rondando". E essa é pra pegar fogo! rs

Um tempo atrás, li numa revista uma entrevista e no final tinha um questionário daqueles que a pessoa responde com poucas palavras. E me chamou a atenção que numas 2 ou 3 edições consecutivas eles fizeram a mesma pergunta sobre aborto.

Todas elas disseram não concordar com a legalização do aborto. Quando li isso, lembro de ter me posto no lugar delas. Se fosse eu a entrevistada eu estaria "frita" nas mãos da mídia. Afinal a minha resposta não seria essa. E aí me deu vontade de expôr minha opinião. Só que não tinha pra qm fazer isso.

Já que comecei este blog, então lá vou eu matar minha sede de colocar lenha na fogueira.

O fato é que eu sou a favor da legalização do aborto, mas antes de me crussificarem, vejam meus argumentos.

Eu disse que sou a favor da LEGALIZAÇÃO do aborto, mas não concordo em fazê-lo. Eu nunca faria um, exceto em caso de estupro (que eu espero que nunca aconteça). Mas apesar disso, concordo com a legalização, pq quem qr fazer, vai fazer de um jeito ou de outro. Sendo legal ou não.

Parto do pressuposto que todo mundo tem suas convicções sobre o assunto e portanto o fato de legalizar, não quer dizer que todo mundo vai abortar, mas aqueles que iriam abortar de maneira ilegal, pelo menos teriam a chance de fazê-lo de modo seguro a sua saúde.

Quantas pessoas se expõe a riscos nas mãos de "pseudomédicos" para cometer o aborto ilegal, ou tomam remédios sem nenhuma orientação profissional e acabam sofrendo conseqüências as vezes até fatal?!

Eu sei que mta gente deve pensar agora no calor da raiva: "quem mata um ser, não merece 'cuidados médicos`. Tem mais é que se ferrar." Pra esses eu pegunto: e se fosse uma filha sua? Uma irmã? E se fosse você?! Não axo que seja a coisa mais linda do mundo abortar, mas ter um filho é uma questão mto séria. A verdade que tenho pra mim é que cada pesoa, e somente ela, tem total conhecimento sobre o que um filho "fora de hora" pode mudar em sua vida. São muitos planos que não se realizarão, são muitas mudanças radiacais e muitas vezes são sofrimentos (inclusive para a criança) que envolvem ter um bebê não planejado! Isso sem falar das condições (ou a falta delas) psicológicas da pessoa. Afinal se tornar responsável por alguém tão frágil, requer não só dinheiro ou tempo, mas maturidade e caráter tb.

Eu tb sei que simplesmente tornar banal um aborto não é o caminho mais correto, mas obrigar alguém a assumir uma nova vida que requer tantos e tantos cuidados e tb investimentos (é bom lembrar) não é uma atitude muito racional. Quantos hj morrem de fome?! Quantos mais não tem condições mínimas de higiene, saúde e muito menos educação?! E este é um ciclo vicioso, uma bola de neve difícil de deter.

Pra mim tb é claro que devemos partir do princípio de que a vida deve estar acima de tudo. Mas e a dignidade?! Os direitos humanos?! Portanto pense que antes de proibir o aborto e, por conseqüencia, obrigar alguém a colocar mais uma vida no mundo (e assumí-la), devemos pensar nas condições que o Estado e nós como sociedade oferecemos a esse ser que está se formando.

Antes de condenar quem é a favor de um aborto, condenem os governantes e a própria população (eu, você e todos ao nosso redor) que não se preocupa com o lixo na rua ou com o desrespeito ao pedestre e tb o desrespeito do próprio pedestre às sinalizações de trânsito (afinal quem tem direitos tb tem seus deveres). Quantas coisas erradas estão a nossa volta e que tiram a dignidade da própria sociedade (seja do asfalto, seja do morro ou de Brasília).

Eu axo que a vida não se resume a ter uma "alma" (ou oq mais possamos chamar), mas ter dignidade! E acho também que a questão do aborto vai além da questão da VIDA por assim dizer. É uma questão de dignidade que tb precisa ser debatida e principalmente: aplicada no nosso dia-a-dia.

Por tudo aqui colocado, eu não seria capaz de fazer um aborto (é claro que é fácil falar agora que está tudo bem, difícil é na "hora do 'vamo vê'), mas não condeno quem o faça (e tb não apóio) e tb sou, sim, a favor da legalização do aborto, que por sua vez (teoricamente) poderia regulamentar e dar condições dignas àqueles que optassem por fazê-lo.

Complicado, não é?! E olha que o assunto é muito maior do que o que coloquei aqui. rs

+Filosofia Popular: Apresentação!

É... depois de sei lá quantos anos sem escrever em blogs e até mesmo deixando de lado meus cadernos de anotações (que no fundo eram uma forma mais "popular" de diário), cá estou eu iniciando mais essa jornada!

O "Filosofia Popular" nasceu de uma vontade repentina (que algumas vezes já havia batido à minha porta) de pôr pra fora algumas coisas que a gente percebe, aprende ou simplesmente sente durante alguns momentos da nossa vida.

O nome surgiu de mero acaso. Com certeza já devo tê-lo visto em algum lugar e até estranhei quando o Blogger não acusou nenhum blog com o nome. Na verdade me inscrevi no Blogspot sem saber o que eu queria de verdade, até que numa das lacunas para preencher eu fui falar de mim e "mandei essa" de que gostava de "filosofia popular". Na hora até me perguntei de onde tirei isso, mas sem lembrar de onde plagiei, resolvi adotá-lo!

Quanto a mim, eu nem sei se deveria dizer quem sou ou o que faço. A única coisa da qual tenho certeza é que só eu escreverei aqui. E a princípio não tenho objetivo de fazer disso aqui um "sucesso". Na verdade não me importo com número de visitas ou comentários. Mais importante é ter a sensação de que, escrevendo aqui, alguma coisa de mim estará disponível a alguma outra pessoa que, por ventura, passe pelo blog.

Quantas vezes nós sentimos falta de sermos ouvidos e não temos oportunidade de falar sobre nossas opiniões?! Ou de ser um advogado do diabo sobre alguma coisa?! Pois é... mesmo que seja falsa a sensação de ser ouvida (na verdade, "lida") por meio deste blog, resolvi assumir minhas convicções, opiniões ou até mesmo questionamentos, pq não?! Afinal não se pode ter certeza de tudo.

Sobre o que vou escrever, uma coisa é certa: não tem nada específico. A não ser que "coisas da vida e tudo o que possa existir" seja definição pra alguma coisa.

Tenho algumas características que talvez seja melhor falar logo de cara. Aquele lance de ser "metamorfose ambulante" é algo que eu realmente me permito ser. E mudar de opinião é, pra mim, algo até mesmo louvável, visto que, teoricamente, isso faz parte do nosso crescimento e amadurecimento.

Outro ponto que é bom avisar: lembrem-se da palavrinha "Popular" do título. Isso é fundamental para me garantir o direito de me expressar usando gírias e até mesmo palavrões, caso esses me expressem melhor. Portanto, sem hipocrisia, até posso tentar evitar, mas se tem uma coisa que eu não gosto é de "enrolar", isto é, pra que dar voltas e mais voltas se tudo pode se resumir a uma única palavra?! Sou do time dos que acham correto escrever certo, mas nem por isso abrem mão de algo dito "errado", se isto lhe servir para ser compreendido!

Outra coisa: tenho alguns vícios e as vezes abreviações como "vc", "pq", "q", "qndo" saem sem que eu perceba, ou até mesmo saem por vontade própria quando rola uma preguicinha ou pressa! rs

Bem, acho que pra começar está tudo resolvido. E sintam-se a vontade em expressar seus pensamentos e filosofias nos "comentários", a única coisa que peço é que sejam educados. Não me preocupo com críticas positivas nem negativas se tiverem o mínimo de respeito e educação!

Pra fechar... SEJAM BEM VINDOS AO "FILOSOFIA POPULAR", afinal quem é vivo pensa! ;P